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A Via Urbana

O direito à cidade, e outra cidade é possível

Vemos e vivemos o mesmo diariamente em todas as zonas urbanas da América Latina, África e Ásia, e cada vez mais nas cidades européias e norteamericanas. A natureza acelerada e precária desta urbanização, a segmentação e heterogeneidade das cidades, o peso do individual na vida cotidiana, assim como a multiplicidade de formas de organização social tem sido alguns dos fatores que dificultaram a consolidação de atores coletivos nos espaços urbanos. A cidade, a partir da perspectiva neoliberal, é o centro da gestão do capital financeiro e do poder político e social. Os efeitos óbvios da pobreza, segregação e exclusão social, econômica, cultural e territorial são as evidências da inviabilidade deste modelo de cidade.

Por isto, a proposição de outra cidade é possível, uma vez que impugna radicalmente a situação e sobretudo as causas da cidade fragmentada, pretende recuperar o projeto de cidade como expressão de respeito, equidade e multiculturalismo. Outra cidade possível e urgente é includente, democrática, respeitosa, criadora, articulada, solidária e potenciadora das capacidades individuais e sociais.

O Encontro foi resultado de diversas inquietudes que nos últimos anos apontaram a necessidade de produzir um diagnóstico da situação do movimento urbano nos diferentes países latinoamericanos, seus objetivos e desafios, assim como a discussão de uma agenda programática e organizadora comum. Um ponto de partida fundamental é a convicção de que só uma luta radical e articulada contra o neoliberalismo tem sentido neste momento histórico. Também, e especialmente, a partir das cidades, e a partir da gente que nelas habita e as constrói.

O Encontro conseguiu ser um momento chave para trocar, coordenar e articular as diferentes organizações, redes e movimentos sociais que estão trabalhando em torno desta perspectiva. As resolucões o encontro destacam a necessidade de estabelecer uma agenda política e programática compartilhada pelos movimentos urbanos do continente, que permita trabalhar com um horizonte comum e fortalecer alianças estratégicas entre os movimentos urbanos e outros setores. A partir desta agenda, os movimentos urbanos acordaram trabalhar na construção de um referente organizativo urbano continental e defender a especificidade da cidade, suas necessidades e suas propostas nos diferentes espaços de confluência dos movimentos sociais, como o Fórum Social Mundial 2005.

PROGRAMA DE ATIVIDADES DA AIH NO FÓRUM SOCIAL DAS AMÉRICAS

PROGRAMA DE ACTIVIDADES DE LA AIH EN EL FORO SOCIAL DE LAS AMERICAS