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Os Assassinatos políticos na Rússia: Basta!

Solidariedade com todos os defensores e militantes pelos direitos, as liberdades e a justiça na Rússia!

Tristeza e raiva: todos aqueles que defendem os direitos e as liberdades cada vez mais ameaçadas na Rússia, sentem-se chocados com o assassinato, segunda feira 19 de fevereiro, do advogado Stanislav Markelov e da jovem jornalista Anastassia Barbourova que o acompanhava.

Estes assassinatos são os dois últimos de uma lista de mortos e de agressões de toda a espécie que não se podem suportar mais. Nestes últimos meses, as agressões multiplicaram-se ainda mais na Rússia e, protestar ou exprimir o seu desacordo torna-se um risco de morte. A ameaça aumentou e a violência contra os disputantes é aplicada de vários modos. A Rússia não deve ser condenada, na indiferença geral pra um buraco negro onde a justiça jamais possa existir.

Stanislav Markelov era um destes raros advogados que defendia os militantes dos movimentos sociais, os sindicatos e em geral os direitos Humanos da Federação Russa. Este não só defendia pessoas em Moscou como também continuamente se deslocava por toda a Rússia, em particular no Cáucaso e ainda na Bielorrússia e Estrasburgo, perante a Corte Européia dos Direitos Humanos.

Um advogado cometido à causa e “de esquerda”, ele participava aos fóruns sociais, quer fossem russos ou europeus. As suas atividades preocupavam muita gente. Este tinha defendido Anna Politkovskaïa, as vítimas do Noroeste, as quais foram atacadas e feridas pela polícia em Bachkirie. Mais recentemente, tinha defendido um jovem Tchetcheno que acusava Ramzan Kadyrov (Presidente da Tchetchênia) de rapto e de tortura; Mikhaïl Beketov, um jornalista de Kimki, que foi atacado e ferido por ter acusado a administração local; causas como as dos trabalhadores na fábrica de papel Vyborg numa tentativa de auto-gestão; dos militantes antifascistas, acusados injustamente de atos de terrorismo; dos habitantes de residências, ameaçados de serem expulsos... Stanislav tinha sido já atacado violentamente no metro de Moscou em 2004. Depois das últimas ameaças por SMS, muitos associam o seu assassinado em pleno centro de Moscou, segunda feira 19 de Janeiro, à libertação do coronel Boudanov, por boa conduta no dia 5 de Janeiro, o qual tinha sido encarcerado em 2003 por uma pena de 10 anos, depois do assassinato de Elza Koungaieva.

A verdade é que Stas saía de uma conferencia imprensa, onde ele tinha demonstrado a sua indignação e a vontade de perseguir este graduado militar, acusado de ter estrangulado com suas próprias mãos esta jovem tchetchena, após um interregatório. Stas tinha planejado apelar à Corte Suprema de Justiça. Os seus conhecimentos e participação pela paz na Tchetchênia e por todo o Cáucaso do Norte eram enormes, assim como o seu apóio à luta contra o fascismo, o racismo e a xenofobia.

Anastassia Babourova, era jornalista da Novaïa Gazeta que tinha a coragem de falar sobre a Tchetchênia, do mesmo modo como o tinha feito antes, Anna Politkoskaïa. Nastia era uma militante libertária e a sua participação refletia-se nos temas que escrevia: a juventude informal e anti-autoritária, as ações de protestos nas ruas, o aumento do neonazismo na Rússia, os casos judiciários em colaboração com Stas Markelov. Ela estava, inclusive, presente ao seu lado durante o último Fórum Social Europeu de Malmö. Ela morreu no hospital algumas horas depois do assassinato de Stanislav. Foi querendo agarrar o assassino que ela foi abatida.

Queremos proferir o nosso suporte a todos aqueles que lutam para que os direitos sejam defendidos e para que uma sociedade mais justa possa nascer na Federação Russa.

Fazemos um apelo para a uma adesão a um encontro de solidariedade e de homenagem a Stanislav Markelov e Anastassia Babourova.

Encontro - Domingo 1° de Fevereiro às 15 horas, Paris na "Fontaine des Innocenti" e m solidariedade com o encontro em Moscou que acontecerá ao mesmo tempo.

Com a iniciativa de: Convoi Syndical, FIDH, Assemblée Européenne des Citoyens, CEDETIM, Comité Tchétchénie